sexta-feira, 12 de abril de 2013

SORRINDO NA TEMPESTADE


Aquela menininha diariamente fazia o caminho para a escola sozinha e a pé.

Naquela manhã, apesar do mau tempo, do vento forte e das nuvens ameaçadoras, ela seguiu em direção à escola.

Ao longo do dia, o vento foi aumentando. Formou-se uma tempestade com muitos raios e trovões.


A mãe pensou que sua filha poderia sentir medo de voltar sozinha em meio ao temporal. Afinal, ela mesma estava bastante assustada.

Preocupada, ela entrou em seu carro e dirigiu, em meio à tempestade, para apanhar a filha na escola.


Não demorou muito, e ela avistou a sua filha andando pela estrada.

Chamou-lhe a atenção, no entanto, o fato de que, a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria.


Outro e outro relâmpago. E ela sempre parava, olhava para cima e sorria.

Finalmente, a menina entrou no carro. A mãe, curiosa, foi logo perguntando: 
- Filha, o que você estava fazendo?


E a garotinha, alegre e despreocupada, respondeu: - Eu estava sorrindo. Deus não para de tirar fotos minhas!


A inocência da infância é a lição da simplicidade de descobrir beleza em todas as coisas.


De confiar em quem é o Criador de todo o imenso Universo e Pai amoroso e bom, que está atento a tudo.


Se pudéssemos nos recordar, em nossa vida, dos momentos mágicos da infância, nossa vida seria menos complicada.


E quando os temporais das adversidades nos chegassem, lembraríamos de que Deus tudo sabe e vela por nós.


Quando os ventos das inquietudes nos balançassem, recordaríamos de que nada de mal nos deverá ocorrer, que não seja do conhecimento de Deus.


E se Ele sabe, tudo está certo. Não haveremos de sofrer além do que esteja dentro das nossas necessidades.


Quando os relâmpagos das calúnias e das inverdades riscassem os céus dos nossos atos, teríamos em mente que não importa o que os homens digam, Deus sabe a verdade.


E nos preocuparíamos menos em nos defender e mais em prosseguir agindo de forma correta e digna.


Quando a chuva inclemente do abandono atingisse com força a nossa alma, teríamos em mente que não estamos sós.


Se acreditássemos que Deus segue conosco, estabeleceríamos a ponte da comunicação entre Ele e nós, através da prece sincera e devotada, prosseguindo sempre nosso caminho.


Quando o frio da indiferença de amigos antes devotados nos fizesse perder o entusiasmo, provocando-nos lágrimas de dor, nos lembraríamos de que Deus nos ama.


E tornaríamos a pedir que Ele permanecesse conosco, a fim de que a noite da solidão não nos perturbe, nem amedronte.


Enfim, se os verdes anos da infância falassem em nossa vida, seguiríamos pelas veredas do mundo mais tranquilos.


Porque sempre teríamos em mente que o bem é superior ao mal, que é transitório e fugaz.


Que Deus é todo poder, bondade e sabedoria e tudo o que Ele faz traduz essas virtudes em um grau infinito.


Finalmente, seguiríamos pela estrada confiante de que nada escapa ao olhar profundo da Divindade.


ator: desconhecido

adaptado por: Flávio Campos



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